terça-feira, 22 de outubro de 2013

DSSMA: Proteção dos pulmões

           O aspecto mais importante a ter em conta com respeito aos pulmões é que eles evitam que qualquer substância perigosa se introduza no sangue - substâncias que podem estar no ar que respiramos.

Os pulmões são formados por milhões de células tão pequenas que só podem ser vistas com um microscópio muito potente. O revestimento de cada uma destas células é um filtro muito bom. Permite que o oxigênio do ar passe ao sangue. Ao mesmo tempo permite que o dióxido de carbono do sangue saia através da respiração.

Se o oxigênio fosse o único gás que pudesse passar através do sangue não haveria problemas. Sem dúvida uma grande quantidade de vapores e gases venenosos também podem passar para o sangue. Alguns deles são muitos perigosos e este é o motivo pelo qual em muitas circunstâncias é necessário usar máscaras contra gases apesar de que se tenham tomado outras medidas para eliminá-los do ar.

Também sempre tem poeira no ar - mesmo nos lugares mais limpos. A melhor maneira de manter limpo o ar do lugar de trabalho é evitando que as substâncias perigosas entres neles. Isto significa que as operações e processo que produzem substâncias ruins devem estar controladas por exaustores. Sem dúvida, certas operações não podem ser protegidas completamente, alguns pós e vapores ficam soltos. Uma boa ventilação soluciona o problema em muitos casos, mas quando isto não é suficiente deverão usar-se máscaras ou respiradores.

Provavelmente seria mais correto dizer que os respiradores e máscaras são protetores dos pulmões. O problema é que muita gente não quer usá-los. Dizem que lhes causa algum incômodo - o que não têm em conta é o “incômodo” que lhes podem causar os pulmões cheios de pó. E se este pó que se respira é venenoso, o problema pode ser muito sério.

A conclusão deste DSSMA é óbvia: usem os equipamentos de proteção respiratória.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O que é "Segurança de Processo"?

Nem todos os perigos e riscos são iguais ou podem causar as mesmas consequências. Perigos/ riscos pessoais ou ocupacionais, tais como escorregões, quedas, cortes e acidentes com veículos, geralmente produzem efeitos sobre um único trabalhador. Por outro lado, perigos/riscos de processo podem ocasionar acidentes maiores, envolvendo a libertação de materiais potencialmente perigosos, incêndios e explosões ou ambos. Os incidentes de segurança de processo podem ter efeitos catastróficos e podem resultar em múltiplas mortes e feridos, assim como danos substanciais à economia, à propriedade e ao ambiente. Incidentes de segurança de processo podem causar dano, tanto aos trabalhadores no interior de uma fábrica, como ao público que reside nas vizinhanças. Essa é a razão pela qual a gestão da segurança de processo está focada no projeto e engenharia das instalações, testes e manutenções de equipamentos, alarmes e controles de processo eficazes, procedimentos de operação e manutenção, formação do pessoal e fatores humanos.

                    SEGURANÇA DE PROCESSO                                 SEGURANÇA PESSOAL

Uma analogia
O professor Andrew Hopkins da Australian Nation University sugere o seguinte exemplo para mostrar a diferença entre segurança pessoal e segurança de processo. Uma preocupação de segurança importante na indústria da aviação comercial são as lesões causadas aos carregadores de bagagens – por exemplo, lesões nas costas e luxações musculares (segurança pessoal). Mas nenhuma empresa aérea jamais pensaria que seus esforços para reduzir esse tipo de lesão melhoraria a segurança de voo (equivalente à segurança de processo). São necessárias atividades e programas diferentes para gerir as diferentes áreas da segurança.

Sabia?
O bom desempenho em segurança pessoal não assegura um bom desempenho em segurança de processo. Embora exista muito em comum, como uma boa cultura e atitude de segurança, um bom desempenho em segurança de processo requer uma compreensão profunda dos perigos específicos associados aos produtos químicos (manuseados ou armazenados) e às operações de processo que são realizadas em cada instalação.

O que podes fazer?
- Compreender os perigos e riscos específicos dos materiais na tua instalaçãp e a tua responsabilidade no manuseio com segurança desses materiais.
- Compreender os perigos e riscos específicos dos processos de manipulação, armazenagem, transporte, reembalagem, outras operações de processamento realizadas na tua unidade;
- Compreender o teu papel nas atividades de segurança de processo, incluindo a análise de perigos e riscos, a gestão de mudança, o relato e investigação de incidentes, a manutenção e testes, e o cumprimento dos procedimentos e práticas de trabalho seguras.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Empilhadeira – Quais riscos você identifica

Observe a imagem e identifique os riscos existentes.

Pergunta: Quais os riscos que você identifica na situação?

Resposta:
1 – Ajudantes estão sem os EPIs necessários para a atividade capacete com jugular, óculos de segurança, cinto de segurança e luvas de proteção)
2 - Colaborador de boné vermelho está sobre a carroceria do caminhão no ato do carregamento (proibido)
2 - Colaborador sem boné em cima da carga puxando uma corda para amarrá-la, (risco de queda, pois o mesmo está sem o cinto trava queda que deve ser utilizado quando se vai lonar um caminhão, ou fazer algum serviço em altura) e também, o mesmo está ajoelhado em baixo da luminária, quando se levantar pode bater a cabeça nela.
3 - Operador de empilhadeira está transitando com a carga elevada além do permitido. (proibido) e também não está usando capacete com jugular, óculos de proteção e nem protetor auditivo sem contar que não está usando o cinto de segurança, pois o mesmo está pendurado ao lado do banco.
4 - Existe um buraco próximo à traseira do caminhão, onde quando o pneu da empilhadeira passar sobre ele, ou se o operador frear, vai fazer com que a carga caia para frente, ferindo o colaborador que está sobre o caminhão.
5 - A carga está passando do limite dos garfos, onde o centro de carga está fora do limite de segurança.
6 - A carga pesa 3.200 Kg, sendo que a capacidade da empilhadeira é para 3.0T.
7 - Os faróis da empilhadeira estão apagados, sendo que o correto seria que estivessem acesos para ajudar o pedestre a visualizar a empilhadeira tanto a noite quanto de dia (Veja e seja Visto).

terça-feira, 17 de setembro de 2013

A importância e necessidade de um PCA - Programa de Conservação Auditiva

Dentre todos os agentes do risco físico o que possui maior incidência é o ruído. Milhares de trabalhadores sofrem com o ruído de seus locais de trabalho, sejam eles internos ou externos.
Esse agente é preocupante, pois a exposição a ele causa interferência na saúde, bem estar e qualidade de vida das pessoas, o fator de grande influência é o tempo de exposição e intensidade desse ruído, pois pode haver grande exposição e baixa intensidade ou vice-versa, mas as duas situações podem causar danos a saúde do trabalhador.
Como proteção ao trabalhador existem várias leis e normas que buscam adequar o tempo de exposição e a concentração do agente ao dia a dia de contato. Dentre eles destacamos o PCA que é o Programa de Conservação Auditiva, com o intuito de preservar a audição do indivíduo, sendo ele portador ou não da perda auditiva, visto que o programa é direcionado a prevenção.
Como documento base a elaboração desse programa atende aos seguintes requisitos legais:
PCMSO e PPRA, (Portaria Nº 24, 1994)
Portaria Nº 19 de 09/04/98 do MTb
OS Nº 608 de 05/08/98 do MPS 2.
Este programa é desenvolvido através de adoção da implantação de rotinas nas empresas para que se consiga a prevenção ou a estabilização das perdas auditivas ocupacionais.
Definição de PCA (Programa de Conservação Auditiva) é um conjunto de medidas técnicas simplificadas ou administrativas, distribuídas e mantidas ao longo do tempo, que agindo de forma integrada e complementar entre si, pode servir de substituto temporário a modernização tecnológica e melhoria das condições de trabalho como um todo.
Essa avaliação é realizada pelo fonoaudiólogo através da audiometria, inclusive avaliando a eficácia do programa em decorrência do contato individual com o trabalhador, bem dando maiores esclarecimentos sobre os efeitos do ruído e as formas de prevenção, e principalmente o uso do EPI e equipamentos de proteção auditiva.
O SESMT deve escolher um local apropriado para implantar o programa. Quanto maior for o tempo, melhor será a extensão do PCA. Nesta indicação devem estar contidos os geradores de ruído, como máquinas, equipamentos e fatores externos.
Atualmente, muitas empresas possuem este tipo de programa com a finalidade de prevenir a saúde auditiva dos seus funcionários. Podemos referenciar uma data importante para a implantação do programa, durante a realização da SIPAT na empresa, aproveitando o espírito de conscientização, prevenção e mobilização.
O programa deve exercer atividades como:
• Avaliação e monitoramento do ruído;
• Avaliação e monitoramento da audição;
• Orientações sobre o uso dos protetores auriculares;
• Palestras educativas sobre a prevenção auditiva.
O exame audiométrico deve ser realizado apenas por profissional habilitado, ou seja, fonoaudiólogo ou médico reconhecidos por meio de registro nos respectivos conselhos profissionais.
O resultado do teste audiométrico deve ser registrado de forma que contenha no mínimo:
a) nome, idade e número de registro de identidade do trabalhador e assinatura do mesmo;
b) nome da empresa e função do trabalhador;
c) tempo de repouso auditivo cumprido para a realização do exame;
d) nome do fabricante, modelo e data da última calibração do audiômetro;
e) nome, nº de registro no conselho regional e assinatura do profissional responsável pela execução da audiometria.
A existência de audiometrias sequenciais facilita o diagnóstico, fornecendo dados importantes no que diz respeito à progressão da perda auditiva no decorrer do tempo.
Portanto, os programas de conservação auditiva devem ser coordenados por profissionais da área, fonoaudiólogos, engenheiros e técnicos de segurança do trabalho, sendo necessário o intercâmbio das informações adequadas ao sucesso do programa.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

10 Dicas do BOPE RJ – Principais dicas para realizar a operação segura

Baseado na entrevista do capitão Luis (Bope) depois da retomada do complexo do alemão RJ.

1.    Planejar: Saber o que deseja e planejar o trabalho;
2.    Confiança: confiar nas pessoas envolvidas;
3.    Respeito e disciplina: ter respeito pelas pessoas envolvidas na operação independente da classe hierárquica;
4.    Ser integro: trabalhar em sintonia;
5.    Comunicação: a comunicação tem que existir e sempre de maneira clara;
6.    Levar o trabalho a sério: realizar a atividade de maneira que não perca a concentração;
7.    Cada um fazer a sua parte: realizar o que é proposto pela liderança;
8.    Antecipar os erros: quem previne de maneira eficaz coloca o trabalho longe de acontecer acidentes;
9.    Reconhecer ajuda: Importante para que as tarefas tenham produtividade e segurança;
10. Equipamentos: os equipamentos de trabalho devem estar de acordo e com as melhores condições para realizar a missão.


domingo, 1 de setembro de 2013

Permissão de trabalho: tudo que você precisa saber sobre


Você sabe o que é uma PT?
PT – Permissão de Trabalho é a autorização dada por escrito, em documento próprio para a execução de qualquer trabalho de manutenção, montagem, desmontagem, construção, reparo ou inspeção de equipamentos a ser realizado na área industrial. Tem por objetivo esclarecer as etapas para avaliação de liberação de serviços com riscos potenciais de acidentes a serem executados nas diversas áreas.
Ao preencher a PT leia atentamente antes de iniciar o serviço, verificando se foram atendidas todas as recomendações exigidas. Deve estar devidamente preenchida, assinada e permanecer junto à obra em local visível sob a responsabilidade da supervisão. É necessário também, que o preenchimento dessa autorização seja bem feita, com critérios, para que tenham validade na orientação dos funcionários. Para auxiliá-lo descrevemos abaixo algumas instruções para o devido preenchimento da Permissão de trabalho:

A) Antes de iniciar o trabalho:
- Vá ao local de execução do trabalho para efetuar a inspeção, verifique e anote todas as condições que envolvam perigo antes de iniciar suas atividades.
- Comunique-se com a supervisão, responsável pela área para que essa tome conhecimento e para que possa contribuir nas instruções de segurança.
- Preencha o formulário no local que irá ser executado o trabalho, ao elaborar este procedimento, todos os responsáveis devem participar com o objetivo de descrever as etapas de trabalho, verificando a cada etapa os perigos e as medidas preventivas a serem executadas.
- Após a elaboração da Análise de Risco e da Permissão de Trabalho (DEVIDAMENTE PREENCHIDA), reúna todos os colaboradores e passe instruções de segurança de acordo com os dados registrados neste procedimento.
- A instrução dada à equipe de trabalho deve ser feita exatamente na área de trabalho com o objetivo de mostrar os locais perigosos, as formas adequadas de trabalho, o uso de equipamentos de segurança, etc. Após as instruções, solicite as assinaturas dos participantes no verso do formulário.
B) Ao iniciar o trabalho:
- Todas as etapas devem obedecer à determinação da PT, desde a forma de trabalho até o uso de equipamentos de proteção individual.
- Todo local de trabalho deve estar devidamente isolado.
- Deixe a PT em local visível e o preenchimento deve estar legível e preenchido com todos os itens de segurança necessário para a execução do trabalho com segurança.
- Todos os dias a supervisão da empresa contratada, antes de iniciar as atividades, deve reunir sua equipe de trabalho e efetuar instruções de segurança de acordo a Permissão de Trabalho e a Análise de Risco.
- Caso haja acidentes/incidentes, os responsáveis devem parar o serviço, reunir todos seus funcionários e divulgá-los com o objetivo de apresentar as falhas e as medidas preventivas para evitar a reincidência.
- Todo local da obra/serviços, deve ter cartazes de segurança para orientação dos funcionários e pessoas que passam próximo ao local.
- Os responsáveis têm como obrigação, coletar dados sobre as falhas nas execuções das atividades com o objetivo de efetuar instruções de segurança visando à prevenção de acidente e a qualidade no trabalho.
- Os trabalhos devem iniciar somente após a leitura, entendimento e assinatura por parte dos executantes.
C) Término do Trabalho:
- Efetue inspeção em todo local da obra, eliminando as irregularidades apresentadas (lixo, peças soltas sobre equipamentos, materiais inflamáveis, estruturas soltas, estruturas amarradas, etc.) - Após a inspeção para liberar a área a empresa contratada deve comunicar a supervisão da área e ao contratante para que esses verifiquem as condições do trabalho e também as condições de segurança do local.
- Todas as etapas de término de trabalho devem estar contidas na Permissão de Trabalhos. Após a conclusão dos trabalhos, o responsável pela execução, deverá devolver a ficha de liberação para o responsável da área ou solicitante, para vistoria e conhecimento da conclusão do serviço. A ficha de liberação deverá ser arquivada no Setor de Segurança do Trabalho.

sábado, 31 de agosto de 2013

Quase acidentes são sinais de alerta

Muitos acidentes quase acontecem... São aqueles que não provocam ferimentos apenas porque ninguém se encontra numa posição de se machucar. Provavelmente, se nós tivéssemos conhecimento dos fatos, descobriríamos que existem muito mais acidentes que não causam ferimentos do que aqueles que causam.
Você deixa alguma coisa pesada cair de suas mãos e não acerta o próprio pé. Isto é um acidente, mas sem grandes consequências ou mesmo um pequeno ferimento. Você sabe o que geralmente faz com que um quase acidente não seja um acidente com ferimentos? Geralmente é uma fração de segundo ou uma fração de espaço. Pense bem. Menos de um segundo ou um centímetro separa você ou uma pessoa de ser atropelado por uma empilhadeira. Esta diferença é apenas uma questão de sorte? Nem sempre. Suponha que você esteja voltando para a casa à noite de carro e por pouco não tenha atropelado uma criança correndo atrás de uma bola na rua. Foi apenas sorte você ter conseguido frear no último segundo a poucos centímetros da criança? Não. Um outro motorista talvez tivesse atropelado a criança. Neste exemplo os seus reflexos podem ter sido mais rápidos, ou talvez você estivesse mais alerta ou mais cuidadoso. Seu carro pode ter freios melhores, melhores faróis ou melhores pneus. De qualquer maneira, não se trata de sorte, apenas o que faz com que um quase acidente não se torne um acidente real. Quando acontece algo como no caso da criança quase atropelada, certamente, você reduzirá a velocidade sempre que passar novamente pelo mesmo local. Você sabe que existem crianças brincando nos passeios e que, de repente, elas podem correr para a rua.
No trabalho um quase acidente deve servir como aviso da mesma maneira. A condição que quase causa um acidente pode facilmente provocar um acidente real da próxima vez em que você não estiver tão alerta ou quando seus reflexos não estiverem atuando tão bem.
Tome por exemplo, uma mancha de óleo no chão. Uma pessoa passa, vê, dá a volta e nada acontece. A próxima pessoa a passar pelo local não percebe o óleo derramado, escorrega e quase cai. Sai desconcertado e resmungando. A terceira pessoa, infelizmente, ao passar, escorrega, perde o equilíbrio e cai, batendo com a cabeça em qualquer lugar ou esfolando alguma parte do corpo.
Tome um outro exemplo. Um material mal empilhado se desfaz no momento que alguém passa por perto. Pelo fato de não ter atingido esta pessoa, ela apenas se desfaz do susto e diz. “Puxa, essa passou por perto!”
Mas se a pilha cai em cima de alguém que não conseguiu ser mais rápido o bastante para sair do caminho e se machuca, faz-se um barulho enorme e investiga-se o acidente. 2
A conclusão é mais do que óbvia. NÓS DEVEMOS ESTAR EM ALERTA PARA O QUASE ACIDENTE. Assim evitamos ser pegos por acidentes reais. Lembre-se que os quase acidentes são sinais claros de que algo está errado.
Exemplo: Nosso empilhamento de material pode estar mal feito; a arrumação do nosso local de trabalho pode não estar boa. Vamos verificar nosso local de trabalho, a arrumação das ferramentas e ficar de olhos bem abertos para as pequenas coisas que podem estar erradas. Relate e corrija estas situações. Vamos tratar os quase acidentes como se fossem um acidente grave, descobrindo suas causas fundamentais enquanto temos chance, pois só assim conseguiremos fazer de nosso setor de trabalho um ambiente mais sadio.

sábado, 27 de abril de 2013

Cinco maiores arrependimentos antes de morrer

     Recentemente foi publicado nos Estados Unidos um livro que tem tudo para se transformar em um best seller daqueles que ajudam muita gente a mudar sua forma de enxergar a vida. The top five regrets of the dying (algo como “Os cinco principais arrependimentos de pacientes terminais”) foi escrito por Bronnie Ware, uma enfermeira especializada em cuidar de pessoas próximas da morte.
 
Para analisar a publicação, a Sociedade Beneficiente Albert Einstein convidou a Dra. Ana Cláudia Arantes – geriatra e especialista em cuidados paliativos do Einstein – que comentou, de acordo com a sua experiência no hospital, cada um dos arrependimentos levantados pela enfermeira americana. Confira abaixo.
 
1. Eu gostaria de ter tido coragem de viver uma vida fiel a mim mesmo, e não a vida que os outros esperavam de mim
 
     “À medida que a pessoa se dá conta das limitações e da progressão da doença, esse sentimento provoca uma necessidade de rever os caminhos escolhidos para a sua vida, agora reavaliados com o filtro da consciência da morte mais próxima”, explica Dra. Ana Cláudia.
 
     “É um sentimento muito frequente nessa fase. É como se, agora, pudessem entender que fizeram escolhas pelas outras pessoas e não por si mesmas. Na verdade, é uma atitude comum durante a vida. No geral, acabamos fazendo isso porque queremos ser amados e aceitos. O problema é quando deixamos de fazer as nossas próprias escolhas”, explica a médica.
 
     “Muitas pessoas reclamam de que trabalharam a vida toda e que não viveram tudo o que gostariam de ter vivido, adiando para quando tiverem mais tempo depois de se aposentarem. Depois, quando envelhecem, reclamam que é quando chegam também as doenças e as dificuldades”, conta.
 
2. Eu gostaria de não ter trabalhado tanto
 
    “Não é uma sensação que acontece somente com os doentes. É um dilema da vida moderna. Todo mundo reclama disso”, diz a geriatra.
 
     “Mas o mais grave é quando se trabalha em algo que não se gosta. Quando a pessoa ganha dinheiro, mas é infeliz no dia a dia, sacrifica o que não volta mais: o tempo”, afirma.
 
     “Este sentimento fica mais grave no fim da vida porque as pessoas sentem que não têm mais esse tempo, por exemplo, pra pedir demissão e recomeçar”.
 
3. Eu gostaria de ter tido coragem de expressar meus sentimentos
 
     “Quando estão próximas da morte, as pessoas tendem a ficar mais verdadeiras. Caem as máscaras de medo e de vergonha e a vontade de agradar. O que importa, nesta fase, é a sinceridade”, conta.
 
     “À medida que uma doença vai avançando, não é raro escutar que a pessoa fica mais carinhosa, mais doce. A doença tira a sombra da defesa, da proteção de si mesmo, da vingança. No fim, as pessoas percebem que essas coisas nem sempre foram necessárias”.
 
     “A maior parte das pessoas não quer ser esquecida, quer ser lembrada por coisas boas. Nesses momentos finais querem dizer que amam, que gostam, querem pedir desculpas e, principalmente, querem sentir-se amadas. Quando se dão conta da falta de tempo, querem dizer coisas boas para as pessoas”, explica a médica.
 
4. Eu gostaria de ter mantido contato com meus amigos
 
     “Nem sempre se tem histórias felizes com a própria família, mas com os amigos, sim. Os amigos são a família escolhida”, acredita a médica. “Ao lado dos amigos nós até vivemos fases difíceis, mas geralmente em uma relação de apoio”, explica.
 
     “Não há nada de errado em ter uma família que não é legal. Quase todo mundo tem algum problema na família. Muitas vezes existe muita culpa nessa relação. Por isso, quando se tem pouco tempo de vida, muitas vezes o paciente quer preencher a cabeça e o tempo com coisas significativas e especiais, como os momentos com os amigos”.
 
     “Dependendo da doença, existe grande mudança da aparência corporal. Muitos não querem receber visitas e demonstrar fraquezas e fragilidades. Nesse momento, precisam sentir que não vão ser julgados e essa sensação remete aos amigos”, afirma.
 
5. Eu gostaria de ter me deixado ser mais feliz
 
     “Esse arrependimento é uma conseqüência das outras escolhas. É um resumo dos outros para alguém que abriu mão da própria felicidade”.
 
     “Não é uma questão de ser egoísta, mas é importante para as pessoas ter um compromisso com a realização do que elas são e do que elas podem ser. Precisam descobrir do que são capazes, o seu papel no mundo e nas relações. A pessoa realizada se faz feliz e faz as pessoas que estão ao seu lado felizes também”, explica. 
 
     “A minha experiência mostra que esse arrependimento é muito mais dolorido entre as pessoas que tiveram chance de mudar alguma coisa. As pessoas que não tiveram tantos recursos disponíveis durante a vida e que precisaram lutar muito para viver, com pouca escolha, por exemplo, muitas vezes se desligam achando-se mais completas, mais em paz por terem realmente feito o melhor que podiam fazer. Para quem teve oportunidade de fazer diferente e não fez, geralmente é bem mais sofrido do ponto de vista existencial”, alerta.
 
Dica da especialista
 
      “O que fica bastante claro quando vejo histórias como essas é que as pessoas devem refletir sobre suas escolhas enquanto têm vida e tempo para fazê-las”.
 
     “Minha dica é a seguinte: se você pensa que, no futuro, pode se arrepender do que está fazendo agora, talvez não deva fazer. Faça o caminho que te entregue paz no fim. Para que no fim da vida, você possa dizer feliz: eu faria tudo de novo, exatamente do mesmo jeito”.
 
     De acordo com Dra. Ana Cláudia, livros como este podem ajudar as pessoas a refletirem melhor sobre suas escolhas e o modo como se relacionam com o mundo e consigo mesmas, se permitindo viver de uma forma melhor. “Ele nos mostra que as coisas importantes para nós devem ser feitas enquanto temos tempo”, conclui a médica.
 

domingo, 31 de março de 2013

Definições de qualidade e qualidade de produto

     Com o renascimento da indústria japonesa em 1970, o conceito de qualidade surge de maneira bastante acentuada, o que faz com que os fabricantes de veículos japoneses se tornem extremamente competitivos no mercado, criando dificuldades de vendas para os demais fabricantes mundiais. Isso se deu devido ao desenvolvimento de excelentes projetos aliado a um alto e consistente nível de qualidade, preços competitivos e serviços pós-venda, o que proporcionou ao Japão uma considerável vantagem competitiva.
 
     DEFINIÇÕES DE QUALIDADE

     Existem várias definições de qualidade. Serão apresentadas a seguir as cinco definições consideradas relevantes.
  • Definição transcedental: relaciona a qualidade a padrões elevadíssimos, universalmente reconhecidos, que vão além das expectativas dos clientes.
  • Definição focada no produto: a qualidade é constituída de variáveis e atributos que podem ser medidos e controlados, ou seja, os produtos de uma mesma família tem que apresentar as mesmas características, não podendo haver diferenciação entre eles.
  • Definição focada no usuário: a qualidade é a adequação ao uso, mas existe uma grande dificuldade na conceituação de termos como uso, satisfação, durabilidade, pois o uso de determinado produto pode satisfazer todas as necessidades de um consumidor, mas de outro não.
  • Definição focada na fabricação: qualidade é a adequação às normas e especificações. Todos os processos apresentam procedimentos que precisam ser seguidos para manter a qualidade do produto. Portanto, todos os padrões e normas deverão ser mantidos.
  • Definição focada no valor: a qualidade é uma questão de o produto ser adequado com relação ao uso e ao preço, onde podemos relacionar este aspecto à pessoas que preferem adquirir um produto de menor valor (mas que atenda suas necessidades), ao invés de um produto com um custo maior, de marca reconhecida, mas que também apresenta características que atenderiam suas necessidades. O fato de preferirem produtos de baixo custo acontece ou porque satisfazem suas necessidades da mesma forma que o de valor maior, ou porque não tem condições de adquiri-los ou até mesmo não conhecem os produtos de custos maiores e marcas renomadas.

 
     ELEMENTOS DA QUALIDADE DE UM PRODUTO
 
     A qualidade de um produto deve apresentar oito elementos:
  • Características operacionais principais: todo produto deve apresentar bom desempenho relacionado às suas características. Por exemplo, um relógio deve marcar horas corretamente.
  • Características operacionais adicionais: complementam o produto, tornando-o mais atrativo ou facilitando sua utilização. Por exemplo, televisor que proporciona acesso a internet.
  • Confiabilidade: confiabilidade é a probabilidade de o produto não apresentar falhas durante um determinado período de tempo. Por exemplo, um produto que oferece garantia de 2 anos, durante este período não poderá apresentar falhas, senão perderá sua confiabilidade.
  • Conformidade: é a adequação às normas e especificações definidas na elaboração do projeto. É medida pela quantidade de defeitos que o processo de produção apresenta.
  • Durabilidade: está relacionada com o tempo de duração do produto até a sua deterioração física. A confiabilidade e a durabilidade estão bem próximas, mas não são sinônimos. Por exemplo, a durabilidade tem relação com a vida útil do produto, sua estimativa de duração. Já a confiabilidade está relacionada a um determinado período de tempo que o produto não poderá apresentar defeitos (por exemplo, a garantia oferecida pelo fabricante).
  • Assistência técnica: está relacionada a maneira de como o cliente e o produto são tratados no momento de um reparo. Idas regulares a uma assistência técnica, preços altos cobrados pelo conserto, mau atendimento, são fatores negativos que refletem na imagem do produto.
  • Estética: o produto deverá ser bonito (bem apresentável) e ao mesmo tempo apresentar qualidade. 
  • Qualidade percebida: está associada ao lançamento de novos produtos que terão associados a eles sua marca. Por exemplo, se uma conhecida marca de eletrodomésticos lançar um celular no mercado, os clientes associarão ao celular sua marca, ou seja, se o eletrodoméstico apresenta qualidade, o celular será confiável porque aquela marca é reconhecida pela qualidade apresentada.
     Existem diversas outras definições de qualidade e qualidade de produto, mas o importante observar aqui é que a qualidade é essencial, uma vez que atualmente não é possível sobreviver no mercado sem ela. E a cada dia as empresas procuram oferecer produtos de qualidade e a custos menores. E isso se dá devido ao fato dos consumidores estarem muito mais exigentes, o que gera uma grande corrida para a excelência da qualidade.
 

quinta-feira, 28 de março de 2013

Relação Chefe x Funcionário: 5 dicas para não perder o rumo

 
     Encontrar a dose certa em qualquer relacionamento é sempre desafiador. Mesmo em nossas vidas particulares, às vezes é complicado encontrar o equilíbrio para manter uma amizade sadia e duradoura. Saber ouvir, se portar, dialogar e respeitar a opinião do próximo são algumas das recomendações mais ouvidas entre os especialistas. Mas e quando o assunto é o ambiente de trabalho, valem as mesmas regras? Em um ambiente onde qualquer excesso na convivência entre superior e subordinado poderá ser entendido como bajulação ou favorecimento, o que fazer para quebrar esse tabu que cria barreiras em um relacionamento que pode ser muito saudável, amistoso e até produtivo para os dois profissionais?
 
     Para interagir com o chefe, ou o funcionário, sem ser visto como “puxa-saco” ou como um gestor sem poder de liderança, preparamos algumas dicas simples, mas importantes que farão toda a diferença na melhoria do clima organizacional da empresa onde você atua.
 
     Dê fim aos exageros: Se você for amigo demais, poderá fazer com que o grupo não o visualize como chefe, perdendo a referência de quem é quem, ou melhor, de quem tem poder para decidir o que. Já se você se mostrar autoritário demais, poderá colocar diante de seus funcionários uma grande barreira, mantendo-os sempre distantes de você. Nada em excesso é positivo. O segredo para atingir uma equipe unida, ativa, motivada e interessada pelo trabalho é exatamente o equilíbrio.
 
     Não se isole: Na tentativa de não parecer bajulador, não se isole. Compartilhar com a equipe e com o superior imediato suas ideias e iniciativas para aumentar os resultados da equipe só aumentará sua credibilidade. Além disso, mostrará seu interesse pelo bem do grupo. Dividir sucessos diários e dificuldades também ajuda a melhorar o desempenho e permite que o superior tenha mais liberdade em lhe dar feedbacks.
 
     Respeito e medo são coisas diferentes: Construir uma imagem temida é muito diferente de ser respeitado. O medo coloca barreiras e impede um bom relacionamento. Por outro lado, conquistar a simpatia da equipe gerará respeito, e o respeito beneficiará a sua relação com ela. Quando a equipe se sente segura para dialogar, problemas são compartilhados com maior agilidade e podem ser contornados com maior rapidez. Deixe a figura do chefe estressado e carrancudo para o cinema. Há pesquisas que apontam que um dos principais motivadores de boas performances dos colaboradores é a qualidade do relacionamento com o líder imediato.
 
     Respeite para ser respeitado: Respeite seu superior, mas não se submeta prontamente a todas as suas orientações quando encontrar uma melhor solução. Respeitosamente, apresente sua opinião e espere que ele avalie se a opção não é mais interessante. É completamente possível interagir com o chefe sem ser visto como “puxa-saco”. Isso ocorre a partir do momento em que se coloca a marca pessoal nos trabalhos realizados, conquistando resultados concretos e significativos.
 
     Divida a responsabilidade: Adote junto à equipe um relacionamento de companheirismo. Abrace os compromissos de sua equipe, já que você também faz parte dela. Isso não só ajuda a aumentar o respeito da equipe pelo líder, como também retém talentos no meio do processo. Segundo pesquisa do Instituto Gallup, mais de dois terços das pessoas se demitem dos chefes, e não das empresas. E quando o chefe é fiel à equipe, o sentimento e a dedicação são mútuos.
 
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